jan. - atual
Terreyro Coreográfico
| 20º Programa de Fomento à Dança |


dez. Uma baleia encalhada na praia

ago. - dez.
Terreyro Coreográfico
| 20º Programa de Fomento à Dança |

nov. Sem título, Cerco Coreográfico
Disseminário Coreográfico | Terreyro Coreográfico

jun. Uma baleia encalhada na praia
Vesica Piscis | Laban em Fluxo no MAC-USP

mai. Uma baleia encalhada na praia
Ensaios Perversos | Preliminares na Praça das Artes

mai. Ao Ritmo

mar. Estudo para Estratégia
Festival Performa | Teatro Sérgio Cardoso

mar. Mostra de estudos coreográficos UFVJM
no Teatro Santa Isabel, Diamantina MG

jan. - jul.
Feitura do Corpo Rítmico
| ProAC Aprimoramento Técnico-Artístico 2015 |


nov. Estudo para Estratégia
na VII Jornada de Dança, Savaldor BA

ago. - nov.
Cerco Coreográfico Delta: abertura de cursos
nos baixios do viaduto Júlio de Mesquita Filho, Bixiga
com Terreyro Coreográfico

ago. - out. Humus
nos baixios do viaduto Júlio de Mesquita Filho, Bixiga

jul. Ciclo de|morar na coreografia
nos baixios do viaduto Júlio de Mesquita Filho, Bixiga

mar. - nov.
Terreyro Coreográfico
| 16º Programa de Fomento à Dança |

jan. - mar.
Ambargris – Ocupação Cerco Coreográfico
| Edital de Ocupação da Sala Renée Gumiel da FUNARTE SP |

jan. - atual
PoetCom n.1: Cerco Coreográfico Ambargris
Publicação no prelo | lançamento previsto para abr. 2017


dez. Abertura e Graça

nov. Estudo para Estratégia
na FUNARTE SP

out. Eólitos
na FUNARTE SP

abr. - dez.
Ambargris – Ocupação Cerco Coreográfico
| Edital de Ocupação da Sala Renée Gumiel da FUNARTE SP |


A flor boiando além da escuridão
e
Ginástica Selvagem
| ProAC de Circulação de Espetáculo 2012 |






2016
2015
2014
2017
cercocoreografico.hotglue.me
As criações do Cerco Coreográfico acontecem nos limiares e contrastes entre






O Cerco Coreográfico foi criado em 2011, por Andreia Yonashiro, como plataforma de produção de seus trabalhos autorais, parcerias e colaborações. Atualmente é formado também por Bárbara Malavoglia [desde 2013] e Marion Hesser [desde 2015].


A Flor boiando Além da Escuridão
e
Ginástica Selvagem (nosso silêncio é o eco de seus pensamentos)
| ProAc Circulação de Espetáculo 2012 |

Durante a circulação dos espetáculos A flor boiando além da escuridão e Ginástica selvagem, Andreia Yonashiro passa usar o nome "Cerco Coreográfico" para assinar suas realizações.

Ambargris – Ocupação Cerco Coreográfico
| Edital de Ocupação da Sala Renée Gumiel da FUNARTE SP |

Entre agosto de 2014 e março de 2015 nós realizamos Ambargris – Ocupação Cerco Coreográfico na FUNARTE SP. Durante 8 meses criamos um "cerco" entorno da dança: foram reunidas num mesmo espaço-tempo aulas de Balé, técnicas de Cunningham, Graham, Contato Improvisação, Dança Africana, Cavalo Marinho, Danças Urbanas, entre outras. Inúmeras pessoas cotidianamente relacionaram-se com este "cerco": ensinando, aprendendo, assistindo, conversando, apresentando, ensaiando; pensando, traduzindo ou escrevendo. A estrutura de Ambargris operou por um pensamento de composição: disciplinas de tempo e espaço criaram um calendário de atividades diárias entre 8h e 22h, de segunda a sexta-feira. Esta estrutura determinou as limitações coreográficas entre: ver dança; suar dança; refletir dança; traduzir dança; e exalar dança, desdobrando-se nos seguintes acontecimentos:

- 16 cursos com duração de 5 meses, mobilizando mais de 500 pessoas para suas inscrições; em média 60 pessoas em cada curso durante as 2 primeiras semanas de aulas abertas; e, em média, 25 alunos em cada aula no prosseguimento dos cursos;

- 30 espetáculos de artistas paulistas e de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia; Estados Unidos, França e Espanha;

- 20 noites com apresentações de 55 Danças Breves, com cerca de 10 minutos cada uma, que reuniram criações de artistas profissionais, artistas–alunos de universidades públicas e privadas, ETEC de Artes [Centro Paula Souza, Governo do Estado de SP], Programa Vocacional da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo [SMC], Escola de Dança de SP [EADESP – SMC], academias de dança, grupos financiados pelo Programa de Valorização de Iniciativas Culturais (VAI – SMC), entre outros;

- 3 residências artísticas de 5 meses que resultaram na criação das obras “Eólitos”, de Joana Lopes, e “Estudo para Estratégia”, de Bárbara Malavoglia, e na estreia mundial do Grupo de Improvisação Maria Duschenes conduzido por Cilô Lacava;

- 4 aulas-bailes, contemplando os ritmos das danças de salão;

- 4 noites do FunkdamentalSp, jams de danças urbanas, encontros para dançar junto;

- 4 seminários para discussão das políticas de ensino e cultura que implicam a dança, no projeto piloto de um Observatório de Políticas para Dança;

- 2 grandes festas-rito envolvendo 4 dias de programação;

- Acolhimento do Festival Causa, de Minas Gerais; e do 6º Identidade Hip Hop, de São Paulo, com público de mais de 250 pessoas em um final de semana;

- Nascimento do movimento “A Baleia Dança”, uma organização inédita de pessoas que não são artistas profissionais e que escreveram um manifesto por práticas continuadas em dança para sensibilizar a população em geral para a demanda por outros espaços para dança, colhendo mais de 500 assinaturas.

No total, o projeto reuniu cerca de 13.500 pessoas que compuseram os movimentos dessa grande coreografia. A divulgação pela internet atingiu mais de 3.000 pessoas por semana. A Folha de São Paulo o elegeu como um dos melhores projetos de dança de 2014 [conforme portfólio anexo]

Entre os números, as pessoas. Deste expressivo conjunto de atividades nós gostaríamos de destacar a realização da primeira edição do curso-ateliê A língua é um Músculo, nascido do convite do Cerco Coreográfico para a editora-dançarina Júlia Rocha, que convidou também Clarissa Sachelli e Isabel Monteiro para a condução e que contou com a participação de Elienai Assunção, Marion Hesser e Teresa Moura Neves. Daí surgiu um encarte que estará presente na publicação PoetCom [descrita abaixo] e um conjunto de áudios [link abaixo]


Abertura e Graça
Coreografia de finalização do Ambargris, envolvendo aproximadamente 150 pessoas. Nesta ocasião, depois de 4h de roteiro coreográfico desenhado, no vazio final brotou uma grande explosão de movimento inesperado, circular e rítmico, cumprindo o destino do Cerco Coreografico de no seu rompimento, dar vazão ao surgimento de outras danças e de um lugar-que-não-existe.

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PoetCom n.1: Cerco Coreográfico Ambargris

Como fruto e documentação da Ocupação, surgiu a publicação PoetCom n.1: Cerco Coreográfico Ambargris – Suavozmilê. Concebida como um "cerco coreográfico" de palavras, recolhemos vozes que pronunciaram suas vidas em conversas, conferências e artigos. O lançamento está previsto para 2017 [ver Anexo x].
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Estudo Para Estratégia

Uma ode ao tempo.
O temor ao tempo.
O sonho de escapar do tempo

“Estudo Para Estratégia” percorre o tempo como um labirinto de infinitos círculos. Nessa criação existe uma investigação do peso e da respiração como caminhos para adentrar o espaço, em contraposição a gestos e contenções que desenham detalhes minuciosos. Existe o branco se contrapondo ao preto. O controle se contrapondo ao descontrole. Flerte com a tradução daquilo que é indizível. Solo de Bárbara Malavoglia criado em parceria com o músico Guilherme Giraldi.

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Eólitos

Do grego eos, aurora, e lithos, pedra, eólito na arqueologia remete às pedras lascadas que se supõe terem sido os primeiros utensílios trabalhados intencionalmente pelo homem. As pedras que sobreviveram ao tempo acumulam em si as forças de transformações carregadas naqueles gestos humanos que vislumbraram na natureza da pedra bruta a criação. O que hoje resiste nas formas reconhecidas destas pedras é também a força da própria natureza que através da água, do vento, da sedimentação e do calor retocaram estes primeiros gestos humanos.
Dirigido por Joana Lopes, dançado por Andreia Yonashiro e elenco.
Realização: Cerco Coreográfico
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Terreyro Coreográfico
| 16º Programa de Fomento à Dança |

Quando finalizamos o Ambargris havia um movimento grande em curso, uma sede de continuar o trabalho tanto da nossa parte quanto de um grande coro de pessoas que se envolveu. Foi assim que em março de 2015 desembocamos no Terreyro Coreografico, projeto que se dedica a pensar coreografia e espaço público, idealizado por Daniel Kairoz, e que acontece nos baixios do Viaduto Júlio de Mesquita Filho, no bairro do Bixiga. Dentre os inúmeros acontecimentos realizados pelo Terreyro Coreográfico, gostaríamos de destacar 2 momentos específicos de co-criação Cerco Coreográfico – Terreyro Coreográfico: o Ciclo de morar na coreografia e o Cerco Coreográfico Delta: abertura de cursos.

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Ciclo de morar na coreografia

O Ciclo foi uma imersão que buscou desvelar possibilidades do pensamento coreográfico, aberto ao público em julho de 2015. Envolveu um período extenso de corpo a corpo com materiais de referência partilhados entre nós e 4 dias de abertura da pesquisa, quando convidamos o público a vir conosco morar na coreografia, demorar-se nela. Para cada dia um programa diferente: Desterriorialização Coreográfica [ estudo #290322 de coreotopologia], com Andreia Yonashiro; Jogos de Vibração, com Bárbara Malavoglia; A Dança é como a Água, com Marion Hesser; e Liberar Forças Coreográficas: o prazer da coreografia, com Daniel Kairoz.

Este foi um momento bastante crucial para a nossa pesquisa: durante a feitura do Ciclo nós encontramos materiais e metodologias que seguem nos acompanhando e instigando. Muito do que fizemos ali está agora, por exemplo, sob as linhas gerais deste projeto, oferecendo estrutura e caminho.

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Cerco Coreográfico Delta: abertura de cursos

Cerco Coreográfico Delta: abertura de Cursos aconteceu entre agosto e novembro de 2015 nos baixios do viaduto Júlio de Mesquita Filho. Um "cerco coreográfico" entorno de 20 matérias de diferentes saberes e fazeres relacionados à coreografia, encarnadas na presença de pessoas que escolheram estudá-las e assim serem substância em transformação. Este foi um período de intensidade ímpar, em que pudemos sentir na pele as implicações de nossos propósitos. Ali, algumas pessoas que estiveram no Ambargris como alunos passaram a propor práticas e, dessa forma, tornaram-se professores – o que, para nós, foi uma passagem bastante significativa.

Oferecemos e frequentamos cursos de dança, repetição e composição coreográfica, filosofia, voz, escrita, linguagem de programação, leitura, tradução, caminhada e urbanismo. Nossa proposta aos interessados foi que cada pessoa escolhesse um mínimo de três matérias para cursar e, dessa maneira, adentrasse a coreografia num movimento de delta d'água; ou variação [ △ ]; ou encruzilhada [ Y ].

Cerco Coreográfico Delta: abertura de cursos recebeu aproximadamente 260 inscrições e 140 pessoas ao longo de sua duração.

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Humus

Humus é um trabalho experimental entorno do corpo, do som e da escuta. Previsto para acontecer em 4 séries de procedimentos, deseja submeter nossa atividade humana criativa à força coreográfica exercida pelos órgãos do corpo. As séries Coreografar o Coração e Coreografar os Pulmões foram realizadas durante o Cerco Coreográfico Delta: abertura de cursos, nos baixios do viaduto Júlio de Mesquita Filho ao longo de 10 semanas.

Para a medicina antiga grega, o humano é formado por quatro líquidos, ou quatro humores - sangue, fleuma, bílis amarela e bílis negra - perpassados por duas forças corpóreas que os unem - amor, philia - ou separam - ódio, neîkos. No grego, há três palavras diferentes para designar amor: philia, ágape e eros. O philos é o amigo. A combinação dos humores em equilíbrio - ou sua amizade - é a saúde. Cada humor é regido por um órgão específico: coração, pulmões, fígado e baço.

Ex.: procedimentos | estrutura | coração | timbre convidado: percussão africana | corrida com olhos fechados [3 ou 5 tiros] | ausculta do próprio coração [uso do estetoscópio] | escuta de fragmentos de textos | escuta de cada um dos timbres de cada um dos tambores [olhos fechados e o corpo imóvel] | pesquisa de movimento ancorada nos timbres e ritmos dos tambores [longa duração, 40'] | escrita

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Feitura do Corpo Rítmico
| ProAC Aprimoramento Técnico-Artístico 2015 |

Mostra de estudos coreográficos UFVJM
no Teatro Santa Isabel, Diamantina MG

Em 2016, vindas desse movimento do Ambargris, de nossa participação no Terreyro, do Ciclo de Morar na Coreografia e do Cerco Delta, pudemos nos debruçar mais concentradamente sobre algumas inquietações, especificamente sobre possíveis relações e fissuras entre a dança e a música. De Janeiro a Julho realizamos o projeto Feitura do Corpo Rítmico, com financiamento do Proac - Bolsa de Aprimoramento Técnico Artístico, quando pudemos nos dedicar cotidianamente ao estudo do ritmo e as especificidades de sua atuação em diferentes tradições poéticas, sejam elas coreográficas ou musicais. Realizamos uma imersão nas propostas de Émile Jaques-Dalcroze que incluiu períodos intensivos de aulas de rítmica tradicional, rítmica indiana (tala) e rítmica dalcroziana; um corpo-a-corpo com os escritos de John Cage sobre a dança e a música publicados em seu “Silence” e com a “Poética da Dança Contemporânea” de Laurence Louppe; e a repetição coreográfica de trechos de criações de diversos coreógrafos.

Emprestamos o conceito de “feitura do corpo” do antropólogo Eduardo Viveiros de Castro para clarear esta ideia tão cara a nós: de que nossos estudos e conhecimento são corporificados, são alimentos para construção, destruição e transformação dos nossos próprios corpos.

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Ao Ritmo

Como fruto do projeto realizamos em Junho uma partilha em forma de ateliê aberto, que nomeamos “Ao Ritmo” – três dias imersos em um casarão e um dia num vagão de trem.

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Ateliê de Rítmica Dalcroze

Também organizamos em Julho o “Ateliê de Rítmica Dalcroze” ministrado pelo artista convidado José Rafael Madureira, nas Oficinas Culturais Oswald Andrade. Neste momento pudemos viver com um coro de dançarinos, atores e músicos o que havíamos vivido num ateliê mais íntimo em Diamantina, na UFVJM, quando fomos durante o projeto estudar com Rafael na sua própria paisagem.

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Uma baleia encalhada na praia

Dessa criação, em parceria com Marion Hesser, Júlia Rocha e Marcius Lindner, disse Andreia Yonashiro:

Há dez anos medito sobre a criação de uma dança com esse nome. Inúmeros movimentos me conduziram a percorrer esse nome como se fosse uma nova galáxia, com seu caos e seus padrões a serem sentidos como vestígios corporais que tenta tocar, sem no entanto domesticá-los. No início achava que era uma metáfora para a gravidez, estado de vida quando um é igual a dois. Esta galáxia-título é ponto de convergência de uma situação limite que sustenta a dúvida como música que vem e vai, na água insistente que penetra por baixo, na areia insistente que abraça por baixo. A paisagem engole um corpo e assim, o ar transforma o peso, e ir para baixo significa ir para frente. Calor, gordura e respiração condensando um futuro que corre para trás cada vez mais rápido em busca de um som que ecoa quilômetros de nado livre. Paradoxalmente, lançar-me ao desafio de criar um sentido coreográfico que retorne sempre ao sentimento de início, sustentar um começar sem ecoar a palavra finalizar.

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Terreyro Coreográfico
| 20º Programa de Fomento à Dança|

Nesta edição do projeto do Terreyro, seguimos como artistas convidadas, colaborando na estruturação de diversas ações na fricção entre coreografia, arquitetura e espaço público. Além de uma composição de aulas sobre temas de nosso interesse, nos dedicamos principalmente a criação do DisSeminário Coreográfico, duas semanas de partilha de tudo aquilo que nos é mais caro, onde apresentamos publicamente a pesquisa do grupo. Atualmente também nos dedicamos a uma futura publicação sobre essas questões, nomeada “Mitológicas”, com previsão de lançamento para primeiro semestre de 2017.
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Sem título, Cerco Coreográfico

Em Novembro/2016 fomos convidadas pelo Terreyro a realizar uma atividade que dissesse do que é Cerco Coreográfico, dentro da programação do DisSeminário Coreográfico. Nomeamos esse acontecimento de “Sem Título, Cerco Coreográfico”, remetendo às obras das artes visuais que após o título descrevem a técnica usada em sua feitura. Esse momento de abertura pouco depois da partilha “Ao Ritmo” se mostrou sequencial a ela e nos deu a ver um amadurecimento do que seria uma possível técnica Cerco Coreográfico. Percebemos a repetição de certas circunstâncias e procedimentos precisos que podem criar uma espécie de condição cerco.







Cerco Coreográfico
2013
instintos
e
contornos mais tradicionais da dança, da filosofia e do acontecimento artístico.
play.